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Verão traz chuvas irregulares e esparsas no Rio Grande do Sul

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Chuvas devem ficar dentro da média na maioria do Estado nos próximos três meses, mas distribuição irregular preocupa

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Os agricultores gaúchos devem começar o próximo ano com as atenções voltadas ao clima. As previsões para o primeiro trimestre de 2023 indicam chuvas próximas da média na maioria das regiões e pouco acima desse patamar no sudeste do Estado. Do centro para o extremo oeste e o sudoeste do Estado, a expectativa é de precipitação abaixo dos níveis históricos do período. Os dados são do Boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado (Copaaergs) divulgado nesta quarta-feira (21).

Para a agrometeorologista Loana Cardoso, coordenadora do Copaaergs, o cenário é “preocupante” para as culturas de verão. Isso porque o período já tende a restrições hídricas, em razão das temperaturas elevadas, da baixa umidade do ar, da alta radiação solar e da maior demanda evaporativa. “Algumas regiões podem ter chuvas mais próximas do normal ou dentro do normal, mas são chuvas de verão, concentradas em dois, três dias. Não temos uma boa distribuição”, destaca Loana.

No caso de janeiro, o boletim da Coopaergs prevê precipitações próximas da média na maioria das regiões e pouco acima do patamar histórico em partes do nordeste e do extremo sul do Estado, enquanto as áreas centrais devem registrar chuva normal e ligeiramente abaixo da média. Esse quadro é menos desfavorável que o dos dois últimos meses de 2022, segundo Loana. “Em novembro, por exemplo, em algumas regiões onde deveria chover 200 mm, choveu 50 mm. Em dezembro, a grande maioria do Estado ficou abaixo da média. Como a gente já vem de um período de solos mais secos, vamos continuar tendo essa preocupação”, afirma.

Em fevereiro, a tendência é de níveis normais ou ligeiramente abaixo da média em todo o território gaúcho. Para março, a projeção aponta irregularidades, com chuva pouco acima da média (Norte e Extremo sudeste) e abaixo do patamar histórico (Oeste e Sudoeste). Loana alerta que os períodos de estiagem poderão coincidir com fases decisivas do desenvolvimento das plantas. No caso do milho, as estimativas iniciais da Emater/RS-Ascar já indicam redução de cerca de 7% da produtividade média esperada em 416 municípios, que passou de 7.337 para 6.845 quilos por hectare. “A recomendação para o agricultor é, tendo água, irrigar (a lavoura) no período crítico, de florescimento e enchimento de grãos”, afirma Loana.

Fonte: Correio do Povo

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