Buracos, saliências de reparos paliativos, sinalização precária, impressão de estar transitando em um país pobre da África e não em Santa Catarina. Pneus e suspenções inutilizados, peças caindo dos veículos. Um verdadeiro desânimo estampado no rosto dos motoristas, que já perderam a paciência por esperar a solução. Pelo menos, desde 2015 a SC-150 enfrenta estado de total calamidade onde, até mesmo o Tribunal de Contas do Estado, atesta a falta de segurança.

Em julho de 2020, através de uma Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público, a Justiça condenou o Estado a revitalizar a rodovia e que o mesmo deverá efetuar a retirada do asfalto comprometido, ajustar e compactar a base e colocar uma nova capa asfáltica. “Terá o réu que reservar, na proposta orçamentária para o exercício imediatamente seguinte, recursos suficientes ao cumprimento do objeto da condenação e, no prazo de seis meses do início deste exercício, dar início efetivo às obras”, anotou na época a magistrada, juíza Mônica Fracari. Cabia recurso.

A única medida efetiva em fase de andamento pelo estado na rodovia turística e também ligação com a região da Capital, é o projeto de engenharia, além de uns tapa buracos (Daquele jeito. Tapa um, abre dois).

De acordo com o Assessor Especial do Governo do Estado de Santa Catarina, Lucas Neves, em recente visita à região, o estado está cobrando da empresa vencedora da licitação a conclusão do projeto e assim que concluído, segundo ele, já com recursos garantidos, o estado imediatamente encaminhará a licitação da execução e a expectativa é de que, no início de 2022 a rodovia esteja em obras.

A justiça já agiu e agora, que o estado realmente faça a sua parte e pare de dar desculpas, pois, ansiosa e pasma, a comunidade regional não quer esperar mais, a obra já deveria ter sido feita há tempos.

Que lenga lenga. Que falta de respeito. Ninguém merece.

Por: Paul da Rosa
Fonte: Rádio Club FM 96.7