A Escola Estadual Getúlio Dorneles Vargas apresentou na última semana um evento em que os alunos apresentaram estudos sobre atividades agrícolas. O principal intuito do evento é apresentar alternativas para o êxito na sucessão familiar rural.
A comunidade se surpreendeu mais uma vez com a qualidade nos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. A análise produzida propicia inclusive a execução de projetos pelas pessoas da comunidade da região. “Nós temos uma estufa de flores já montada na Bela Vista por uma produtora rural que está muito contente com esse trabalho”, declara a professora Leoni Pelicer Schwaab.
A professora entende que o projeto tem efeito lento, porém gradativo, no que se refere a apresentar opções de atividades agrícolas com possibilidade de melhoria na qualidade de vida dos envolvidos. “A gente sabe que o que a gente faz é um trabalho de formiguinha, mas que precisa ser a cada ano reforçado, para que as pessoas vejam outras possibilidades para se gerar renda na pequena propriedade”, comenta.

Outra consideração da professora é que este conhecimento pode proporcionar aos alunos a percepção de que a vida no campo pode ser uma possibilidade de crescimento profissional. “Aquilo que eles estão vendo, o lidar com a terra, procura desenvolver neles aquele sentimento de amor, de pertença à terra, à comunidade onde eles vivem, para que se no futuro eles saírem para estudar e decidirem voltar possam ter algo encaminhado com relação ao que fazer para que possam se tornar empreendedores rurais de sucesso”, considera Leoni.

Certamente nem todos os alunos optarão por permanecer no campo. Cada um seguirá sua vocação, porém a atividade permite a clareza necessária para que os jovens possam fazer suas escolhas. “Não queremos forçar ou dizer que o jovem precisa ficar (no campo). Nós queremos que eles conheçam a realidade, que eles a interpretem, que busquem alternativas e tenham conhecimento para que depois possam ter a liberdade de decidir se querem ficar ou não. E se resolverem ficar que estejam preparados e já tenham criado um vínculo e um amor com a terra e com a propriedade”, conclui Leoni.