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Uma história de lutas – é o que define a trajetória de Verônica Josefina Taufer

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Uma história de lutas – é o que define a trajetória de Verônica Josefina Taufer 03

A matriarca da família Taufer, Dona Verônica Josefina Taufer trilhou sua trajetória com muita luta para construir uma família da qual foram gerados dez filhos. Hoje já compõem a família também dezessete netos e seis bisnetos.
Dona Verônica é natural de Guaporé, onde residiu até os seis anos de idade. Depois morou por vinte anos em Passo Fundo. Ali nasceram seis dos seus dez filhos. Os demais filhos nasceram já em Machadinho.
Ao lado de seu falecido esposo Darci Taufer, trilhou sua trajetória sob muita luta. Seu Darci saiu de casa com apenas 16 anos e deixou a Verônica uma lembrança de esforço no trabalho para conquistar o que a família almejava. “Ele era muito trabalhador. O meu pai disse pra mim: ‘pode casar, ele é uma pessoa trabalhadora’”, comenta Verônica.
De acordo com ela, seus pais deram o suporte necessário no início da vida de casados. “Meus pais me ajudaram muito enquanto nós morávamos em Passo Fundo. Inclusive nós viemos aqui e nos associamos em uma granja com meus irmãos e o meu pai que me ajudou a se associar porque nós não tínhamos nada. O meu pai me escorou sempre”, relata.
Quando o casal decidiu vir para Machadinho fixar residência a prudência marcou o momento. Enquanto não havia segurança para trabalhar na nova morada não venderam a propriedade em Passo Fundo que só foi vendida depois de um período trabalhando em Machadinho. “Nós viemos de Passo Fundo, compramos a terra aqui e quando vimos que dava bem para trabalhar aqui vendemos lá”, comenta Verônica.
Sobre a parceria firmada com seu falecido marido, Verônica enfatiza que sempre trabalhou ao lado de Seu Darci. “Sempre trabalhamos, na roça ou em casa. Nós dois trabalhamos de fora a fora”, diz. “Criamos os filhos desse jeito porque criar os filhos não é fácil”, observa Verônica.
Ao longo dos tempos a mesma atividade marcou o trabalho da família. O trabalho com a terra segue geração após geração. “Em toda a vida sempre trabalhamos na agricultura. Lá em Passo Fundo e aqui também, sempre trabalhamos na agricultura. Desde os dez anos começamos a trabalhar na agricultura”, enfatiza.
Um dos maiores orgulhos de Verônica é a preservação do trabalho na agricultura nas gerações da família. “Os netos estão fazendo faculdade e ainda estão na agricultura”, diz. “Graças a Deus todos eles trabalham. Graças a Deus criei os dez filhos e todos são trabalhadores, nenhum que tirasse da família para não trabalhar”, comenta.
Para a matriarca da família, a característica foi herdada do pai que não fugia do serviço em qualquer circunstância. “Ele (Darci) era o exemplo, era muito trabalhador. Não tinha quem ‘matasse’ ele para trabalhar, tanto a muque como depois quando começaram trabalhar com máquinas”, destaca Verônica.
De acordo com ela, somente um infarto impediu o falecido marido de trabalhar. “Enquanto nós ficamos na colônia ele sempre trabalhou. Quando deu o infarto ele teve que parar de trabalhar”, relata. O infarto acometeu Seu Darci há aproximadamente vinte anos e há doze a morte o separou fisicamente de Verônica e os demais membros da família.
Ao falar sobre momentos difíceis enfrentados ao longo da vida, Verônica identifica problemas de saúde como as principais dificuldades que se colocaram a frente da família. “Primeiro deu (problemas de saúde) no meu filho mais velho, o Paulo, gastei tudo o que eu tinha. Depois deu na minha filha mais velha, teve a tosse comprida com quinze dias de idade; ficou até os quatro anos só nas mãos de médicos, mas graças a Deus conseguimos salvar os dois”, relembra. “Superamos todas as situações”, acrescenta Verônica.
Já ao falar sobre os melhores momentos vividos pela família, verônica coloca os filhos como principais presentes da vida. “Meus filhos foram muito bons. Vieram todos eles um do lado do outro, mas foram todos muito bem vindos”, revela. Outro momento lembrado foi a comemoração de seu aniversário de oitenta anos de idade. “Fizeram uma surpresa para mim no aniversário de oitenta anos. Veio quem eu nem esperava. No dia 27 de junho eles me fizeram uma surpresa, um almoço lá nos Tessaro (Linha Tessaro). Vieram todos os meus parentes de Passo Fundo; minha família; meus sobrinhos; fizeram aquela festa”, relembra com alegria Dona Verônica.

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