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Uma vida vivida em Machadinho – Lídio Adami agradece os amigos que conquistou no município

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Uma vida vivida em Machadinho – Lídio Adami agradece os amigos que conquistou no município

O jornal Folha da Club vem mantendo contato com cidadãos machadinhenses e de municípios da região a fim de ouvir suas histórias e contá-las aos mais jovens. A experiência dos entrevistados traz exemplos para os que se apresentam ao mundo nas novas gerações. E a história dessa semana não é diferente, Seu Lídio Adami nos conta sobre passagens marcantes em sua vida.
Desde muito jovem Lídio reside no município, onde construiu fortes relacionamentos, aos quais agradece por terem importante participação em sua trajetória de vida. Natural do município de São José do Ouro, Lídio mudou-se para Machadinho aos 8 anos de idade onde passou a residir com os pais e irmãos na área urbana do município. Casou-se com Dona Laurentina aos 22 anos de idade, e ao lado de quem trabalhou no segmento de supermercado durante várias décadas.

Sua família, enquanto formada por seus pais e irmãos no que se refere às atividades profissionais, trabalhava com o segmento de sapataria e loja de calçados. O mercado foi instalado quando cada irmão passou a exercer sua própria atividade. “Nós nos dividimos entre os irmãos. Fizemos tudo numa boa, não houve complicação nenhuma”, conta Lídio sobre o momento em que a família se reorganizou profissionalmente.
Antes mesmo de iniciar com a atividade em seu supermercado, Lídio viveu a experiência de servir ao Exército Brasileiro. “O exercito contribuiu com a minha vida. Deu muita orientação”, comenta.

Ainda em sua juventude Lídio presenciou o processo de emancipação político-administrativa de Machadinho. Assim como outros entrevistados pelo Jornal Folha da Club, Lídio também cita Frei Teófilo como grande liderança da sociedade machadinhense naquele momento. “Deixou lembranças muito boas. Participou do desenvolvimento da comunidade. Ele era o ‘cabeça’”, comenta sobre o Frei.
De acordo com Lídio, a emancipação melhorou significativamente a vida dos munícipes machadinhenses. “Melhorou muito, para a comunidade, para tudo”, destaca. “Nós tínhamos que ir à Lagoa Vermelha para pagar um título do Banco do Brasil. Nós tínhamos que pegar ônibus, passando pelo Barracão, tudo estrada de terra. E ainda tinha que empurrar ônibus. Chegávamos em Lagoa Vermelha tudo embarrado”, relembra.
Dentre as histórias contadas por Lídio sobre como o município era antes da emancipação está a participação da comunidade na construção da rede de energia elétrica. Os postes para prender a fiação eram “farquejados a machadinha”. “As madeiras vinham lá da beira do rio. Os proprietários doavam e a comunidade se juntava aqui para trabalhar”, comenta. Ainda de acordo com Lídio, o Senhor Madiu Bernieri possuía um caminhão Ford e contribuía com a madeira que serviria como poste para a construção da rede elétrica.

Sobre a atividade comercial exercida a frente de seu supermercado Lídio resalta que ao longo das décadas em que trabalhou no empreendimento construiu muitos relacionamentos. “Nesses anos em que eu trabalhei com o mercado arrumei muita amizade, amizades muito grandes. Por onde eu passo no interior as pessoas dizem: ‘lá vem vindo o Lídio’”, conta. “A gente fazia tudo com alegria, tudo com cooperação de uns com os outros. Era uma beleza e eu só tenho que agradecer aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado”, acrescenta.
Há cinco anos Lídio decidiu parar com o comércio e resolveu adquirir uma propriedade na Linha Canudo, interior de Machadinho onde cria seu gado de corte. Para ele a possibilidade de passar momentos em contato com a natureza é uma terapia. “Quando eu vou para o sítio me sinto renovado. Gasta energia, mas renova a cabeça”, diz.

O trabalho no campo é sempre feito ao lado de sua esposa que o acompanha em todos os momentos. “É minha parceira. Ela adora isso. Ontem mesmo eu não tinha muita vontade de ir para o sítio e ela disse: ‘vamos lá que precisamos arrancar um feijãozinho’”, comenta Lídio.
Em sua vida familiar, ao lado de Dona Laurentina construiu a família que se tornou numerosa. As cinco filhas já lhes deram cinco netos. Dona Laurentina hoje tem 72 anos de idade enquanto Seu Lídio tem 79 anos.

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