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“Careca do INSS” teria usado empresa em paraíso fiscal para adquirir quatro imóveis em São Paulo e Brasília

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justiça 30 04 25

Considerado peça central nas investigações sobre os descontos irregulares no INSS, Antônio Carlos Camilo Antunes ficou conhecido como “Careca do INSS”. De acordo com as apurações da Polícia Federal (PF), ele teria usado uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas para adquirir quatro imóveis em São Paulo e Brasília. As informações foram publicadas nesta quarta-feira pelo site R7.

O lobista teria alterado as declarações de renda mensal, que passaram de pouco mais de R$ 24 mil para até R$ 35 mil. Os investigadores sustentam que as movimentações financeiras de Antunes seriam muito superiores à renda declarada. O total seriam milhões de reais em créditos e débitos. “As participações societárias e a capacidade financeira declarada são desproporcionais às quantias movimentadas”, afirmou a PF.

O relatório da PF mostrou que o patrimônio do lobista teria crescido R$ 14 milhões entre abril e julho de 2024. A Corporação acredita que o rombo causado pelos desvios pode superar R$ 6 bilhões.

A reportagem do tenta contato com a defesa de Antônio Carlos.

Familiares na mira
As movimentações de Antônio e familiares também chamam a atenção no relatório. Segundo o documento, uma instituição financeira informou que o “Careca do INSS” teve uma movimentação total de R$ 4,2 milhões entre outubro de 2023 e dezembro do mesmo ano, o que foi considerado atípico. Em soma, Antunes teria movimentado, em 150 dias, R$ 12,2 milhões em três instituições.

“(Antônio) realizava repasses no mesmo dia do recebimento, mantendo saldo pouco significativo disponível em conta, indicando possível urgência em dificultar o rastreamento dos valores”, afirmou o documento.

Além disso, os policiais federais descobriram que ao menos quatro empresas ligadas a Antônio “operaram como intermediárias financeiras para as entidades associativas e, em razão disso, receberam recursos de diversas associações que, em parte, foram destinados a servidores do INSS.”

Outro ponto que chamou atenção dos investigadores é que todas as instituições compartilhavam o mesmo endereço, telefone e o mesmo valor de capital social.

Fonte: Correio do Povo

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