A vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras manteve os 100% do Inter no Brasileirão, reafirmou a confiança no grupo e no trabalho de Eduardo Coudet. O técnico, que chegou a ser vaiado na estreia do Brasileirão, foi o protagonista do resultado na Arena Barueri e busca embalar novamente. O objetivo é alcançar o primeiro título pelo clube e acabar com a seca que se instalou no Beira-Rio.

Chacho alcançou 46 partidas nesta segunda passagem pelo Colorado na última quarta. Já até poderia ter superado a marca, mas esteve suspenso em três ocasiões: empate com o Flamengo ano passado e vitórias sobre Brasil de Pelotas e Juventude, quando foi substituído pelo auxiliar Lucho González.

O contingente é o mesmo da primeira passagem. Ao derrotar o Verdão, atingiu as mesmas 24 vitórias, mas com mais derrotas (11 a 9). O atual Colorado balançou as redes 79 vezes, oito a mais que há quatro anos, além de 43 gols sofridos, seis a mais que em 2020.

Números de Coudet no Inter

2020: 46 jogos, 24 vitórias, 13 empates, 9 derrotas – 71 gols pró, 37 gols contra
2023/24: 46 jogos, 24 vitórias, 11 empates, 11 derrotas – 79 gols pró, 43 gols contra
Total: 92 jogos, 48 vitórias, 24 empates e 20 derrotas – 150 gols pró e 80 contra

O que destoa é a série invicta. Há quatro anos, Coudet alcançou por três vezes sete jogos sem perder. Atualmente, está com uma sequência de 16, com 12 vitórias e quatro empates. Se os números são similares, faltam os títulos. Coudet sequer alcançou uma final de Gauchão.

– Quem está aqui precisa ter peito. Entendo a bronca do torcedor quando se gera expectativa, mas não vem o resultado. O clube está no limite. Faz muito tempo que chega, mas dá ruim. O presidente me ofereceu três anos de contrato, mas assinei um porque é campeão ou m*. Não vim de férias. Este ano não tem margem – admitiu Coudet após a vitória sobre o Palmeiras.

O técnico precisou superar a desconfiança em parcela da torcida pela intempestiva saída para o Celta de Vigo com a equipe em primeiro no Brasileirão de 2020 e com futebol que empolgava colorados. A dualidade foi minimizada com a campanha até a semifinal da Conmebol Libertadores no ano passado.

O fim do Brasileirão, com quatro vitórias consecutivas, além da goleada por 7 a 1 sobre o Santos e a vitória por 3 a 2 no Gre-Nal afiançaram a permanência, mesmo sem a classificação ao torneio continental deste ano. O presidente Alessandro Barcellos, com quem nutre uma relação estreita, ofereceu um contrato de três anos, mas houve acordo por um.

O início de ano colorado foi de empolgação, com os reforços buscados como Fernando, Thiago Maia e Borré. Depois de 10 vitórias seguidas, o time apresentou uma turbulência após a eliminação para o Juventude na semifinal do Gauchão e o empate com o Real Tomayapo pela Sul-Americana. Algo já superado com as vitórias seguidas no Brasileiro.

Coudet seguiu com o prestígio inabalado nos bastidores, mas sabedor da pressão e o que precisa realizar. Não apenas para manter um padrão de atuações, mas a obrigação de levantar, pelo menos, uma taça para colocar fim aos oito anos de títulos e 13 de um campeonato de repercussão maior.

O técnico prepara a estratégia para encarar o Athletico-PR no piso sintético da Ligga Arena no próximo domingo. Um novo resultado positivo pavimentará esta retomada para mirar as conquistas.

Fonte: ge