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Felipão está oficialmente de volta ao Grêmio. O ex-treinador e ídolo tricolor foi apresentado como coordenador técnico no início da tarde desta terça-feira, no CT Luiz Carvalho, em Porto Alegre. Luiz Felipe Scolari se preocupou em deixar claro em diversos momentos que o técnico Mano Menezes terá completa autonomia no comando.
– Se eu sentar aqui e não quiser mais nada eu tenho que morrer. Todo dia temos que buscar algo diferente. Foi campeão, passou. Vai atrás de outro objetivo. O que me objetiva estar aqui é que eu possa ajudar o time que eu fui beneficiado na minha vida por ser gremista. Estive aqui já quatro vezes. Acredito que posso ajudar o Grêmio dentro dos meus conhecimentos – disse Felipão sobre a motivação no retorno ao clube.
A principal função ao retornar ao clube é fazer o alinhamento da base com o profissional. Ele não viajará com o grupo principal em todos os jogos. Pelo contrário, Felipão vai transitar por outros setores do clube, em especial os ligados à formação de jogadores, acompanhará jogos, treinamentos e conversará com treinadores dos times “de baixo”.
– Vou percorrer todos os recintos do Grêmio. Já estou fazendo isso. Não vou ficar só parado em uma mesa. Vou ter, claro, situações em que vou estar no campo. Situação em que vou estar observando algum treinamento não só no profissional. Vou participar muito mais, quando solicitado, com treinadores mais jovens, para que possa dar um parecer técnico. Vou colocar situações de treinamentos e o que aconteceu comigo quando houve isso ou aquilo. Vou estar em muitas situações. Mas não vou dizer coloca esse, tira aquele, faça isso, faça aquilo, porque não é a minha função. Faça aquilo que quiser quem achar que vai melhorar com isso – complementou.
A contratação foi anunciada na última sexta-feira, e o profissional de 76 anos chega para ocupar um posto vago desde a saída do também ídolo Valdir Espinosa, em 2017. Felipão teve uma experiência em cargo diretivo, por cerca de seis meses, no Athletico, em 2023, antes de assumir o Atlético-MG, como treinador.
– No Athetico nós estávamos por trás de um treinador jovem (Paulo Turra), que estava se lançando profissional. Aqui no Grêmio, não. No Grêmio, nós temos o Mano, que é diferente. Não tenho mais ou menos um trabalho igual ao do Athletico – comparou.
O agora coordenador técnico é aguardado nesta noite em Maceió, onde está a delegação do Grêmio viajará antes para o jogo desta quarta-feira, às 21h30, no primeiro duelo da terceira fase da Copa do Brasil. Na sua nova função, está garantida a autonomia de Mano Menezes para escalar, treinar e gerir o vestiário, conforme definição Felipão.
– Eu sou da parte administrativa e poderei atuar em alguns detalhes quando for solicitado, se for solicitado. A parte de treinamentos, de jogos e algumas decisões são do Mano. Numa contratação, numa situação qualquer, posso emitir um parecer, desde que solicitado. Vou emitir grandes pareceres ou com situações diferentes com a base, com os treinadores da base. Quem comanda o Grêmio não sou eu, é o Mano – explicou.
Esta é a quinta passagem de Felipão pelo Grêmio. Gaúcho de Passo Fundo, assumiu pela primeira vez como treinador do Grêmio em 1987, quando foi campeão gaúcho. Depois, voltou para o seu período mais vitorioso à frente do Tricolor, quando conquistou a Copa do Brasil, a Libertadores e o Brasileirão, entre outras taças, de 1993 a 1996.
Luiz Felipe retornou ao Grêmio em julho de 2014, logo após a Copa do Mundo de 2014, quando comandou o Brasil pela segunda vez — a equipe foi eliminada na semifinal ao levar 7 a 1 da Alemanha. Ficou até maio de 2015. Desta vez, sem conquistas.
A última estada de Felipão no clube pelo qual torce foi em 2021, de julho a outubro. Foi um dos nomes contratados pela gestão de Romildo Bolzan Júnior para salvar o time do rebaixamento, confirmado mais tarde, já com Wagner Mancini como treinador.
– Eu não quero voltar a ser técnico porque quando eu conversei com o presidente (Alberto Guerra), eu falei: “vou tomar essa parte administrativa”. Tenho que aprender também. Nunca foi me colocado algumas coisas que preciso saber nessa área. Vou procurar auxiliar a parte de campo à medida que for solicitado e à medida que possa participar de alguma coisa, porque a parte de campo é a parte do Mano. A parte administrativa é a parte que, aos poucos, vou conhecendo, e eu vou fazer – garantiu.
Fonte: ge