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Inter tem duelo decisivo com o Vitória em cenário de semelhanças com 2016; entenda

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inter 05 11 2025

O Inter entra em campo às 19h desta quarta-feira diante do Vitória para tentar respirar no Brasileirão. Os gaúchos buscam se afastar da ameaça do rebaixamento e os três pontos trarão tranquilidade no Beira-Rio, algo cada vez mais raro. Até mesmo um empate serve para evitar a aproximação do algoz de 2016, em um cenário que oferece outras incômodas semelhanças.

O Colorado está em 15º lugar com 36 pontos, cinco a mais que o time de Jair Ventura, o 17º. A pontuação, aliás, é a mesma de nove anos atrás. Ocorre que os gaúchos apareciam na 16ª posição, uma à frente do próprio Vitória, que também abria o Z-4, mas que somava 35 pontos.

Sincerões
Caso reencontre o triunfo após três rodadas, o Inter saltará a distância para oito pontos a seis rodadas do fim da competição e diminuirá a tensão. A igualdade mantém certa segurança em relação ao descenso, mas uma derrota encurta a diferença para apenas dois pontos.

Estamos em um momento de merda, mas ficaremos juntos até sair.
— Emiliano Díaz, auxiliar do Inter

A frase do filho e auxiliar de Ramón Díaz remete a um fato da fatídica temporada de 2016. Seijas, então meio-campista da equipe, desabafou no mesmo tom sincero de Emiliano após derrota do Inter para o Santos na Vila Belmiro, por 2 a 1, pela Copa do Brasil.

– Na verdade, a situação, desculpem a palavra, é uma merda – disparou.

À época, os gaúchos eram derrotados pela sexta vez consecutiva, entre partidas das duas competições. No Brasileirão, a situação estava muito mais preocupante do que a atual. Naquela altura, já habitava a zona de rebaixamento, em 18º com 27 pontos, quatro atrás do Figueirense, que era o primeiro fora.

Insistência nos treinadores
As campanhas decepcionantes têm peso na demora da demissão de técnicos. Em 2016, o Inter apostou em Celso Roth para substituir o ídolo Paulo Roberto Falcão. O manteve até empate com a Ponte Preta no Beira-Rio, a três rodadas do fim, quando alcançou seis partidas sem vencer.

Roger Machado caiu bem antes, na 24ª, mas com um trabalho que já mostrava ter encerrado no fim do primeiro semestre. Acabou demitido ao perder o Gre-Nal 448 em casa, a sexta derrota em sete jogos e com eliminações da Conmebol Libertadores e Copa do Brasil.

Há nove anos, Lisca não teve tempo de evitar a queda. Ramón e Emiliano ainda trabalham para dar um padrão ao time e fugir do atoleiro.

Vitória de novo no caminho
O Inter até conseguiu sair, mas retornou na 34ª para não sair e conhecer o descenso. O objetivo agora é não voltar – entrou após perder para o Atlético-MG, na 12ª rodada. Curiosamente, deixou ao derrotar o próprio Vitória, ao aplicar 1 a 0 no Beira-Rio, na partida de retomada após a parada do Brasileirão para a disputa da Copa do Mundo de Clubes.

O rival baiano povoa o pesadelo colorado. Em 2016, ganhou por 1 a 0 em pleno Beira-Rio no returno. Resultado fundamental para a queda do Inter, ao terminar em 16º com 45 pontos, dois a mais que os gaúchos.

A competição ainda ficou marcada pela polêmica do caso Victor Ramos. O então zagueiro do Leão foi o pivô em razão de uma inscrição irregular. O Inter pedia a perda de pontos dos baianos. O clube chegou a ir à Suíça para tentar reverter o quadro no Comitê Arbitral do Esporte (CAS).

Mudanças no grupo
Não deu certo. Agora, a expectativa é assegurar no campo e despachar o adversário. Só que é necessário acabar com a seca de três partidas sem marcar. O time tem 35 gols marcados até o momento, mesmo número que encerrou aquela edição.

A dificuldade de balançar as redes é consequência, claro, da falta de pontaria, mas com influência nas saídas do elenco promovidas pelo departamento de futebol. O Inter perdeu força ao longo da temporada, com saídas de nomes como Valencia, Wesley, Wanderson e Fernando.

O enfraquecimento do grupo também ocorreu lá atrás. O Colorado começou a desmanchar o elenco ao ser eliminado da Libertadores de 2015. Nomes como Aránguiz, Nilmar, Dida, Juan, Lisandro López, Rafael Moura, Jorge Henrique e D’Alessandro deixaram o Beira-Rio. O ex-meia argentino hoje ocupa o cargo de diretor esportivo.

O Inter une forças para afastar as coincidências, superar o Vitória e respirar no Brasileirão. A missão é clara: conquistar os três pontos e deixar o fantasma de 2016 para trás.

Fonte: ge

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