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“Mais frio que iceberg”: entenda por que Riquelme virou xodó de Mano Menezes no Grêmio

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Jovem se destaca pelo comportamento no vestiário e no campo

A bola da vez entre os jovens gremistas é Riquelme. Após o atacante Alysson se afirmar, o meia começa a ganhar espaço e, diante do Fortaleza, fez a terceira partida consecutiva como titular. A tendência é que o garoto de 18 anos se mantenha no time nos próximos jogos, ao menos até a chegada de um reforço para a posição.

O paulista Riquelme Freitas dos Santos não sonhava que assumiria tamanha responsabilidade em 2025. A ascensão meteórica ocorreu de forma inesperada. De fino trato e sem muito alarde, demonstra frieza maior que de um “iceberg“, nas palavras do técnico Mano Menezes.

Em maio, o jogador foi chamado às pressas para compor o grupo que enfrentaria o Sportivo Luqueño, no encerramento da fase de grupos da Sul-Americana. O Grêmio optou por equipe reserva, e Amuzu foi desfalque de última hora após passar mal em função de uma virose.

Riquelme havia atuado no dia anterior diante do Atlético Goianiense pelo Brasileirão Sub-20. O coordenador técnico Felipão viu o jogo e chancelou a convocação do meia para o compromisso na Arena. O garoto entrou no segundo tempo e fez o gol da vitória por 1 a 0.

A estreia de Riquelme com o grupo profissional, no entanto, ocorreu no ano passado, na derrota por 2 a 0 para o The Strongest, pela fase de grupos da Libertadores.

O então técnico Renato Portaluppi levou elenco reserva para a Bolívia, e o garoto entrou no segundo tempo. Foi a única oportunidade na temporada.

Ao todo, a jovem promessa participou de sete partidas pela equipe principal em 2025. Além disso, fez 24 jogos pela equipe sub-20, entre Copa São Paulo, Campeonato Gaúcho e Brasileirão.

O iceberg

Riquelme se tornou a única opção em momento difícil da temporada. Principais alternativas para a posição, Monsalve e Cristaldo se alternaram na titularidade ao longo do ano e não convencem.

Além do desempenho abaixo do esperado, o colombiano teve uma lesão no ombro e o argentino virou desfalque por desconforto muscular. Na última terça, Cristaldo voltou, mas ficou no banco.

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Para solucionar o problema, Mano tentou o esquema com três volantes diante do Alianza Lima, no playoff da Sul-Americana, e do Vasco, pelo Brasileirão. A derrota e o empate fizeram o treinador repensar a formação.

Um dos fatores que também deram confiança para o treinador colocá-lo “na fogueira” foi a personalidade. Riquelme não demonstra se assustar com jogos grandes.

Foi desta forma que começou contra Alianza Lima – quando o Grêmio tentava reverter a derrota da ida –, Palmeiras, no Allianz Parque, e Fortaleza, na Arena.

Riquelme é mais frio que iceberg. É surpreendente em termos de comportamento. É tranquilo, recebe as instruções, tenta fazer, às vezes não consegue, mas não se desequilibra. Temos um jogador de extremo valor para construirmos juntos. Se daqui a pouco não render bem, é natural. Vai ter momentos de tirar um pouquinho para respirar e não dar tanta responsabilidade de resolver todos os problemas. A tendência é evoluir – comentou o treinador depois da vitória sobre o Fortaleza.

Mesmo na derrota para o Palmeiras por 1 a 0, Riquelme também já havia ganho elogio de Mano.

Riquelme já deu uma passagem de bola segura pelo setor. Eu sempre falo isso: o meia precisa transmitir isso para a equipe. A equipe vai cada vez fazer ele crescer mais para que essa bola chegue em uma qualidade maior na frente, onde a gente precisa para marcar os gols – avaliou o técnico.

Diante do Fortaleza, Riquelme foi peça-chave para a mudança tática promovida por Mano Menezes. O time saiu do 4-2-3-1 e passou para o 4-4-2. Cristian Olivera assumiu o lado direito. Riquelme foi para a esquerda não só para criar jogadas de ataque, mas com responsabilidade de recompor. Assim, Alysson saiu da ponta e atuou centralizado, para atuar mais próximo de Braithwaite.

Fonte: Ge

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