Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Machadinho, pequeno em tamanho mas gigante na formação de talentos, orgulha-se em contar a trajetória de Marcos Adami, mais um filho da terra que rompeu fronteiras com o conhecimento e hoje é uma referência nacional e internacional em sensoriamento remoto e ciências ambientais.
Nascido em Maximiliano de Almeida (RS) por um capricho do destino — (já que na ocasião, o Dr. Nilo não pôde realizar o parto) —, Marcos cresceu em Machadinho, onde fez todo o ensino fundamental. Filho de Ludovino (Vino) Adami e Maria da Glória Adami, ambos já falecidos, é neto de Fermino Adami e Maria Acorsi Adami e José Peloso e Idalina Abrahão Peloso. A história da família é entrelaçada com a da região: muitos tios, primos e amigos ainda vivem em Machadinho e nos arredores.
Em contato com a Rádio Club FM 96.7, Marcos enviou um grande abraço à querida família Adami e Peloso — com menção especial aos tios Elídio, Laura, Célia, Jenice, Marica e Elias, além de inúmeros primos e, claro, ao irmão Antônio, que reside em Maximiliano de Almeida. Antônio, já vai preparando o quarto — Marcos, planeja lhe visitar ainda este ano! Hoje, ele mora com sua família no Vale do Paraíba em São Paulo: é casado com Ana Cláudia Dieguez Adami e pai orgulhoso de Matheus Gabriel e Maria Eduarda.
Caminho de Superação e Excelência
Marcos trilhou um caminho marcado pelo esforço e pelo amor à ciência. Após concluir o ensino médio na Escola Agrotécnica Federal de Sertão, formou-se como técnico em agropecuária, o que o levou ao Paraná, onde conseguiu emprego em Cornélio Procópio. Lá, ingressou no curso de Ciências Econômicas, dando início à sua formação acadêmica superior.
Mas sua sede por conhecimento foi muito além. Com o tempo, concluiu mestrado e doutorado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), uma das instituições científicas mais respeitadas do Brasil. Não parou por aí: também realizou pós-doutorado na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos — o que demonstra o reconhecimento internacional de seu trabalho.
Atualmente, Marcos é pesquisador titular da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG) do INPE, onde também atua como chefe substituto, além de ser professor permanente nos programas de pós-graduação em Sensoriamento Remoto (INPE) e Ciências Ambientais (UFPA). Seu trabalho é tão relevante que ele se tornou bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq — uma das maiores honrarias da ciência brasileira.
Além disso, integra o Comitê Assessor da Coordenação-Geral de Ciências da Terra e o Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, que visa promover uma agricultura mais sustentável.
Produção Científica de Impacto
O impacto de sua atuação pode ser medido por números impressionantes: são mais de 300 trabalhos publicados, incluindo 124 artigos científicos. Seu índice H de 30, com mais de 3.500 citações, mostra o respeito que seu trabalho científico alcançou no meio acadêmico. Ele já orientou 14 mestrados e 6 doutorados, influenciando diretamente a formação de novas gerações de pesquisadores.
Seus estudos têm foco nas áreas de sensoriamento remoto, agricultura, ecologia, ciências ambientais e contribuíram para 7 documentos de legislação, mostrando que seu conhecimento ultrapassa os muros da academia e influencia decisões políticas e ambientais importantes.
No Senado
No dia 23 de abril de 2025, Marcos esteve no Senado Federal, representando o INPE em uma Audiência Pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. O tema da audiência foi a Moratória da Soja, uma medida voluntária para frear o desmatamento da Amazônia para cultivo de grãos.
Marcos teve papel essencial ao explicar com clareza e rigor técnico os métodos de monitoramento do desmatamento usados pelo INPE desde 1988. Mostrou que o instituto utiliza imagens de satélite com 30 metros de resolução e acurácia superior a 94%, o que assegura confiabilidade e transparência nos dados apresentados. Ele enfatizou que o papel do INPE é mapeamento técnico e científico, sem juízo de legalidade, reforçando a independência e a credibilidade da ciência brasileira.
Participação em Eventos Científicos e Atuação Nacional
Há alguns dias, Marcos participou também da equipe de coordenação do XXI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, realizado em Salvador (BA). O evento reúne os principais pesquisadores e profissionais da área, debatendo avanços tecnológicos, ensino, políticas públicas e desenvolvimento sustentável.
- Foto com a Família
Além disso, durante a inundação que atingiu o Rio Grande do Sul, o INPE, com participação de sua equipe, atuou no mapeamento das áreas afetadas, fornecendo imagens e análises que foram fundamentais para o planejamento de ações de prevenção, resposta e recuperação (confira no site oficial do INPE: https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/atuacao-do-inpe-no-desastre-no-rs).
O Papel do INPE
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde Marcos atua, é uma instituição fundamental para o Brasil. Em 2025, celebra 64 anos de história, com trabalhos voltados não só à exploração espacial, mas também à meteorologia, geoinformática, mudanças climáticas e, principalmente, observação da Terra — área em que Marcos é especialista.
Os dados produzidos pelo INPE são públicos e são utilizados por diversos órgãos e pela sociedade para monitoramento ambiental, agricultura, saúde, segurança, políticas públicas e acordos internacionais. Eles também colaboram com relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e ajudam o Brasil a planejar o futuro de forma mais sustentável.
- Foto com Senadores e Deputados
Um Exemplo que Inspira
A trajetória de Marcos Adami é motivo de orgulho não apenas para sua família — mas para Machadinho, Maximiliano de Almeida, o Rio Grande do Sul e o Brasil.
Seu caminho mostra que a educação transforma realidades e que um menino do interior, com dedicação, pode sim chegar aos espaços mais altos da ciência e influenciar decisões que moldam o futuro do planeta.
- Palestra na Universidade de Leeds – Reino Unido
Marcos, que não visita Machadinho desde 2019 por conta da perda do pai e da pandemia, deixa claro seu desejo de retornar ainda este ano. Machadinho o aguarda de braços abertos.
E nós, da comunidade e da região, dizemos com orgulho: esse é mais um dos nossos!
Fonte: Rádio Club FM 96.7