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Opinião: Inter se aproxima das oitavas da Libertadores com show de estratégia de Roger

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inter 16 05 25

Uma noite épica do Inter. Contestação, atuações ruins, defesa vazada, ataque inoperante? Roger Machado mandou às favas o que podia se achar para contestar. Inclusive, o esquema com três volantes. O Inter venceu o Nacional por 2 a 0, pela 5ª rodada da Conmebol Libertadores, em uma aula de estratégia no Parque Central na noite de quinta-feira.

Pressionado por três derrotas consecutivas, 11 gols sofridos no período e o terceiro lugar no Grupo F da Conmebol Libertadores, o treinador apostou no esquema com Fernando, Bruno Henrique e Thiago Maia no meio-campo.

A maior surpresa, todavia, estava no comando do ataque. Ricardo Mathias foi o escolhido para enfrentar o caldeirão da cancha do Bolso.

Houve um susto logo no primeiro minuto. Nico López foi lançado, chegou antes que Vitão e mandou para o fundo das redes de Anthoni. O filme se repetiria? Gol cedo e mais uma noite conturbada e com direito a “lei do ex”? O atacante estava impedido.

O lance deixou a torcida ainda mais empolgada, mas não assustou os gaúchos. O Inter conseguiu segurar o ímpeto charrua. Quando tentou acelerar o jogo, Fernando e Vitão conversaram com os companheiros e o ritmo voltou ao normal.

O Inter armava a arapuca. Esperava o Nacional e, no erro, saía no contra-ataque. Parecia um sinal para o acorde final. Mas calma, ainda há um recital para ocorrer.

O estratégico Roger confiou em Thiago Maia. Ponto de equilíbrio da equipe na arrancada no Brasileirão do ano passado, o volante auxiliou Bernabei pelo lado esquerdo, mas também aparecia ao ataque. Arriscou uma bicicleta para fora e teve um gol de cabeça anulado.

A boa atuação do camisa 29 veio coroada com um gol no melhor padrão Roger. Troca de passes entre os jogadores. Thiago Maia encontrou Aguirre na direita, que cruzou para Ricardo Mathias antecipar a marcação e abrir o placar. Na comemoração, foi até Roger abraçá-lo, como se dividisse os méritos.

A beleza do gol faria Gardel, torcedor ilustre do Bolso, escrever um novo tango se estivesse vivo. O músico tem uma estátua em uma posição privilegiada do gramado, bem centralizada, em referência a foto batida pelo El País, principal jornal do Uruguai, quando o Nacional ganhou do Barcelona por 3 a 0.

A torcida do Inter, que compareceu em peso no Parque entrou em êxtase. Até porque era um gol em dobro, já que gremistas também marcaram presença pela parceria com a hinchada do Bolso.

O segundo tempo seria de pressão do Nacional. Com a bola, principalmente Nico rondava a área, mas Vitão era soberano por cima e por baixo. A defesa lutava por cada lance para confirmar o resultado e mostrar que a fragilidade do sistema chegava ao fim.

Quando não tirou, deu sorte com duas bolas no travessão, uma de Nico, o jogador mais perigoso. A vitória se aproximava, mas Fernando cometeu um erro na área. Sim, o Polvo erra. Porém, Anthoni estava atento e segurou.

Desesperado, o Nacional se atirou para tentar arrancar um empate de qualquer forma. Alan Patrick começou a ter espaços. E, quando acontece, se o companheiro estiver com a pontaria precisa, o gol sairá. Bernabei e Gustavo Prado desperdiçaram chances e Ricardo Mathias, antes de sair, também errou.

Só que, nos acréscimos, não houve perdão. O capitão viu o buraco e tocou para Aguirre. Mejía saiu do gol para tentar impedir, mas acabou driblado. O lateral-direito correu até chutar com o gol vazio para confirmar os três pontos.

Vitória com assinatura de Roger. Afinal, foi ele quem insistiu em Aguirre no início do ano mesmo com atuações ruins. Aos poucos, o argentino subiu de rendimento e hoje é um dos mais regulares.

Delírio na arquibancada dos visitantes! Colorados berravam, se abraçavam e escalavam a grade tal o Homem-Aranha. Show da torcida, justamente diante do Nacional, que se orgulha em ser “la primera hinchada del mundo” e ter o primeiro hincha.

Prudencio Miguel Reyes, torcedor do Bolso que iniciou esta forma de participar do jogo, tem uma estátua em frente à La Banda del Parque, barra brava do clube. E, desta vez, precisou se render à festa colorada, que fez o Parque Central virar o Beira-Rio como tanto cantou após o duelo.

Graças a Roger! O treinador deu aula de estratégia e deixa o Inter a depender de um empate com o Bahia para classificar às oitavas de final. Até Gardel aplaudiria o trabalho do técnico na mágica noite de quinta, que sequer precisou de una cabeza para vencer…

Fonte: ge

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