A janela de transferências nas principais ligas da Europa e no México se aproxima do fim. O Inter ainda aguarda ofertas pelos jogadores, embora não esteja nos planos promover um desmanche. Com uma meta de alcançar R$ 160 milhões em negociações, os gaúchos ainda precisam de pouco mais da metade.

Até agora, arrecadou R$ 78,1 milhões — pouco menos da metade da meta de R$ 160 milhões estipulada para a temporada. Curiosamente, quase 50% desse valor veio de uma negociação indireta: a transferência de Johnny do Betis ao Atlético de Madrid rendeu R$ 37,8 milhões, graças à cláusula de mais valia e ao mecanismo de solidariedade da FIFA.

Apesar da necessidade financeira, o Inter não pretende promover um desmanche. A diretoria avalia caso a caso e está aberta a negociações que sejam vantajosas tanto para o clube quanto para os atletas.

Recentemente, o Inter recebeu uma oferta do Al Nassr por Ricardo Mathias. A proposta do time de Cristiano Ronaldo ficou na casa de US$ 7 milhões (R$ 37,92 milhões pela cotação atual). O Colorado aceita conversar, mas por um valor maior. A janela da Arábia Saudita vai até 10 de setembro.

O Inter é detentor de 60% dos direitos econômicos, o que deixaria nos cofres do Beira-Rio US$ 4,2 milhões (R$ 22,75 milhões). O restante é dividido entre o atleta, representantes e a Ferroviária, clube onde o centroavante atuou antes dos gaúchos.

Nomes cobiçados
Outros nomes cobiçados são Vitão, Wesley, Thiago Maia, Gustavo Prado e Victor Gabriel (que o clube precisa confirmar a compra junto ao Sport).

A situação de Valencia merece atenção. Com vínculo até o meio do ano que vem, teria esta janela para uma negociação que rendesse algo ao clube. Em 1º de janeiro, o equatoriano estará liberado para assinar um pré-contrato e sair do Beira-Rio ao fim da relação sem custo.

— Se houver negociações a atletas do Inter que façam sentido ao clube e jogadores, aí fecha a matemática para fazer a negociação — disse o executivo André Mazzuco após a derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro.

Metas esportivas em 2025

Planejado Resultado
Gauchão Campeão Campeão
Copa do Brasil Quartas de final Oitavas de final
Libertadores Oitavas de final Oitavas de final
Brasileirão 6º lugar está em 13º

Um modelo de negócio que a direção prefere é liberar o jogador apenas no fim do ano, caso haja ofertas. A ideia é não enfraquecer o grupo de Roger Machado na luta pela evolução no Brasileirão em busca de classificação à próxima edição da Conmebol Libertadores.

A necessidade de melhora na tabela vem também por outra meta importante no planejamento. A direção estipulou terminar o Brasileirão em sexto lugar. Atualmente, está em 13º com 24 pontos, oito atrás do Mirassol, que ocupa a posição projetada.

Se o Brasileirão terminasse agora, o Inter receberia R$ 17,8 milhões. Quem encerrar a competição em sexto, embolsará R$ 36,1 milhões. Ou seja, pelo planejamento colorado, há um déficit no momento de R$ 18,3 milhões.

Por cair nas oitavas de final da Copa do Brasil, uma fase antes do planejado, o clube deixou R$4,74 milhões pelo caminho.

Portanto, precisa reagir. No domingo, encara o Fortaleza com a missão de encerrar a sequência de quatro derrotas consecutivas, aliviar a pressão sobre Roger Machado e manter viva a esperança de cumprir os objetivos esportivos e financeiros da temporada.

Fonte: ge.globo