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Golpe do posto de gasolina causa prejuízo de R$ 2,6 mil a cliente no RS; saiba como se proteger

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golpe 18 07 23

Golpes contram motoristas na hora de abastecer continuam sendo registrados no RS. Um ano após a reportagem da RBS TV revelar a ação de frentistas que “empurram” produtos para clientes que procuram os postos de gasolina, a Polícia Civil investiga suspeita de estelionato em uma rede de postos da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Uma cliente afirma ter sido lesada em R$ 2,6 mil com a venda de produtos extras, não pedidos por ela, após procurar o posto para abastecer R$ 50. Após relatar o caso ao posto, ela teve o dinheiro devolvido.

Titular da Delegacia do Consumidor, Carolina Jacobs, apura uma ocorrência registrada contra a rede. Ela alerta para os cuidados para não ser um alvo fácil para os golpistas.

“O importante é que sempre o consumidor procure um posto de sua confiança ou um mecânico de sua confiança para realizar esse tipo de serviço”, afirma.
Como agem os golpistas?
Um ex-frentista revelou à reportagem da RBS TV como colegas simulam problemas nos carros para empurrar produtos sem necessidade aos motoristas:

O funcionário traz uma seringa com óleo queimado no bolso do jaleco
Quando abre o capô, completa a água do limpador
Enquanto isso, sem que o motorista veja, joga o óleo sobre o motor, formando fumaça
O funcionário então diz “não liga mais o carro, tá pegando fogo”
Aí, alega que o óleo está vencido, e empurra a troca do óleo
Quem são os alvos preferenciais dos golpistas?
Pessoas idosas
Mulheres
Pessoas com carro novo

Prejuízo de R$ 2,6 mil
Uma cliente, que pediu para não ser identificada, havia ido até o posto abastecer R$ 50 e precisou arcar com uma conta de R$2,6 mil. A nota incluiu quatro frascos de limpa-bico injetor, a R$ 149 cada. Segundo o site do fabricante, o preço médio de venda é de R$ 23.

O uso excessivo de aditivos no carro pode representar riscos ao veículo, como explica o engenheiro mecânico Jorge Luiz Silva.

“Se o produto for usado em grande quantidade, algumas peças que já estão com início de algum desgaste podem acelerar esse desgaste e causar outros problemas”, diz o profissional.

Em fevereiro, um estudante de Agronomia, que também prefere não ser identificado, foi abastecer R$ 100 de gasolina em um posto de Novo Hamburgo. Acabou com um débito de R$ 629 no cartão. Ele conta que assinou sem saber uma ordem de serviço que autorizava a despesa.

“Ele tinha me dado a nota de serviço em branco pra eu assinar, dizendo que seria pra cadastro. Coloquei nome, CPF e então me passaram a perna, me pegaram desprevenidido”, relata.

Segundo o estudante, foi utilizada uma quantidade maior do aditivo do que a capacidade do reservatório.

A direção da rede de postos Valvic disse que vai apurar as denúncias e que já demitiu frentistas envolvidos na suposta fraude. Alega ainda que devolveu o dinheiro à consumidora que recebeu a nota fiscal de R$ 2,6 mil.

A empresa declarou também que após denúncia revelada pela RBS TV, no ano passado, envolvendo postos de outro dono, criou código de conduta prevendo demissão para funcionários que enganarem os clientes.

Em nota, a Ipiranga diz que entrou em contato com os revendedores, e que os consumidores mencionados na reportagem serão ressarcidos. A empresa destacou ainda que não incentiva práticas ilegais.

Nota de posicionamento

A Ipiranga informa que entrou em contato com seus revendedores e que os consumidores mencionados na reportagem serão ressarcidos.

A Ipiranga sempre avalia todos os casos envolvendo consumidores e disponibiliza canais de atendimento pelos telefones 3003-3451 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-720-5356 (demais regiões), além do site da empresa: www.ipiranga.com.br.

A Ipiranga reitera seu compromisso com os mais altos padrões éticos, bem como com as melhores práticas concorrenciais e de respeito ao consumidor e preza pela transparência e ética em todas as suas ações e relações, ressaltando ainda que não incentiva práticas ilegais e não compactua com atividades que violem o seu Programa de Integridade.

“O manual do carro consta que capacidade maxima são 5,4 litros, sendo que tem um aditivo específico para ser colocado que não foi exatamente aquele que tá no manual. No manual, consta que tem que ser 35 a 50% de aditivo e o resto completado com água então foi 100% aditivo”, relata.

“Se a gente consegue comprovar, analisar todos os dados disponíveis as informações que o veículo não comporta tanto a quantidade quanto aquele espécie de produto a gente pode estar a frente de um crime de estelionato”, afirma a titular da Delegacia do Consumidor, Caroline Jacobs.

A administradora Debora Timm também relata ter sido alvo do golpe. “Eu percebi exatamente quando peguei a conta, que eu vi a quantidade de produtos que tinham sido colocados efetivamente no meu carro sem eu ser consultada”, relata.

Ela foi abastecer R$ 180 e ao fim do atendimento arcou com uma despesa de R$ 755. A ordem de serviço mostra uma cobrança de R$ 199 pelo frasco de 200 ml de um condicionador que serve para proteger o motor. O preço médio de venda, segundo o site do distribuidor, varia de R$ 90 a R$ 115.

Fonte: g1 RS

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